Cartas para Julieta é uma comédia romântica água com açúcar, despretensiosa, ideal para quem busca se distrair com algo leve. Sophie (Amanda Seyfried, a Savannahde Querido John) é reconhecida pelas ótimas apurações que faz para uma grande editora, mas seu sonho é ser escritora. Noiva de Victor (Gael García Bernal, muito mal aproveitado pelo inexpressivo diretor Gary Winick), um chef de cozinha ocupado demais para se dedicar a outra coisa além do seu trabalho, a jovem não está feliz com seu relacionamento. O casal resolve fazer uma pré lua de mel na Itália, mas, chegando lá, Victor só quer saber de queijos, vinhos, cogumelos… e deixa a bela Sophie de lado.
Andando sozinha pelas ruas de Verona, cidade da famosa história de amor entre Romeu e Julieta, Sophie se encanta com um grupo de voluntárias, que responde às cartas deixadas em um muro (endereçadas à própria Julieta de Shakespeare), por mulheres de coração partido, que procuram conselhos amorosos. Escondida entre os tijolos do muro, a jovem encontra uma carta escrita há 50 anos, por Claire (Vanessa Redgrave), na época uma adolescente de 15 anos, que se apaixonou por um rapaz italiano, mas não teve coragem de se entregar a uma verdadeira história de amor, retornando de suas férias à Inglaterra.
O primeiro ato é bem bobinho e chega a ser entediante, mas, quando Sophie decide responder a carta perdida, o filme engrena. Claire aposta no incentivo da aspirante a escritora, que acredita que um amor - verdadeiro - não morre com o tempo e, mesmo agora, com 65 anos, ela resolve procurar pela pessoa que nunca esqueceu. Seu neto Charlie (Christopher Egan), aparentemente um chato de galochas, não concorda com a loucura da avó, e culpa Sophie pela sandice da divertida coroa. Será que a coragem de Claire vai incentivar Sophie a viver um amor de verdade? O fraco, e previsível, roteiro não chega a incomodar e dá até pra se emocionar com a pureza de sentimentos dos personagens. Estreia: 11 de junho.
Por Mattheus Rocha
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